Sinopse: Reconstituição do caso Dreyfus; a fraudulenta condenação no final do século XIX de um oficial do exército francês, Alfred Dreyfus, acusado de vender informações secretas aos alemães. Polanski escreve na nota de intenções que o caso, provavelmente um dos maiores escândalos do século XIX, dividiu o país e continua a ser um símbolo do que as autoridades políticas são capazes de fazer em nome do interesse nacional. O filme tem um elenco de luxo e é protagonizado por Jean Dujardin, Louis Garrel e Emmanuelle Seigner. E eu: ⭐⭐⭐⭐ Grande filme de Roman Polanski ! A história muito bem contada, os actores excelentes a fotografia muito boa! A luta individual de um homem pela justiça contra a máquina do estado e militar que protege feroz e cobardemente os seus próprios interesses.
A acção decorre na Alemanha, durante Segunda Grande Guerra. Jojo tem dez anos e é um fervoroso adepto do nazismo. Tendo Adolf Hitler como ídolo e amigo imaginário, mal pode esperar para se tornar membro da Juventude Hitleriana, que transforma crianças e adolescentes comuns em perfeitos espécimes da raça ariana. Até ao dia em que conhece uma rapariga judia que a mãe mantém escondida no sótão de sua casa. Se, a princípio, Jojo não consegue esconder a aversão que ela lhe causa, com o passar do tempo, acaba seduzido pela sua humanidade. Essa amizade vai vira-lhe o mundo do avesso e fazê-lo colocar em causa tudo aquilo em que sempre acreditou.
Uma comédia nos limites do absurdo, com assinatura do realizador de ascendência judia Taika Waititi – que também dá vida à personagem de Hitler, o amigo fictício do protagonista –, numa adaptação do romance "O Céu Numa Gaiola", de Christine Leunens. Os actores Roman Griffin Davis, Thomasin McKenzie, Scarlett Johansson, Sam Rockwell e Rebel Wilson também participam no elenco. Estreado no Festival Internacional de Cinema de Toronto, onde recebeu o prémio do público, "Jojo Rabbit" foi nomeado para seis Óscares, entre as quais Melhor Filme, Melhor Actriz Secundária (Johansson) e Melhor Argumento Adaptado.
E eu:
⭐⭐⭐
Não apreciei a parte da comédia. O amigo invisível - hitler - com todas as suas parvoíces irritou-me. Mas este não é um filme cómico. Aborda uma questão que considero importante - o que levou milhares de alemães a entrarem aparentemente cegamente nesta guerra. A manipulação feita desde tenra idade. A coisificação da vida alheia. O distanciamento face à ideia de morte/perda/luto. Uma história mal contada, distorcida para os jovens alemães. E a valorização de algo que nos mantém vivos - os amigos - que tantas vezes fazem as vezes da família e nos dão algo tão necessário e precioso com é o sentimento de pertença que afasta, pelo menos em parte, o sentimento de solidão. Aqui se brinca com coisas sérias. E eu sou da opinião que o humor (quando possível) é das formas mais inteligentes que temos para lidar com situações dificeis! Pode ser uma expressão maior de amor ao outro e à vida. E... confesso que adormeci lá pelo meio - em minha defesa: estava muito cansada!
Em 1985, Bryan Stevenson, um jovem afro-americano acabado de se formar em Direito pela Universidade de Harvard, muda-se para o estado do Alabama com intenções de ajudar pessoas no corredor da morte que, de alguma forma, nunca tiveram que os defendesse. Um ano depois, conhece Walter McMillian, um homem negro sentenciado à pena capital pelo assassinato de uma mulher branca, que nunca deixou de afirmar a sua inocência. Ao avaliar o caso de McMillian, Stevenson dá-se conta de que tudo parece ter motivações de ordem racial e que quaisquer provas ou testemunhos que pudessem provar a inocência do seu cliente são deliberadamente ignorados por investigadores, advogados ou juízes.
Baseado numa história real, um drama realizado por Destin Daniel Cretton ("Temporário 12", "O Castelo de Vidro"), que seguiu o livro de memórias "Just Mercy: A Story of Justice and Redemption", escrito por Bryan Stevenson, o fundador da Equal Justice Initiative, uma organização não lucrativa no Alabama que se dedica a defender os condenados à morte sem advogado que os representem. A dar corpo às personagens estão Michael B. Jordan, Jamie Foxx, Rob Morgan, Tim Blake Nelson, Rafe Spall e Brie Larson.
E eu:
⭐⭐⭐⭐
Actores fantásticos a recontar uma história real em que um jovem cheio de esperança, mas com os pés bem assentes no chão, ousa lutar contra os preconceitos raciais e culturais de uma América sulista nos finais do sec XX. São os ingredientes para muita emoção. Fartei-me de chorar - coisa boa estarem só meia dúzia de pessoas na sala! Achei interessante a humanidade que trouxeram para o filme. E a ideia que também defendo que uma pessoa não é o pior acto que cometeu na vida.
No final do filme aparecem as pessoas reais cuja vida foi retratada no filme - e sem finais cor-de-rosa. É bem claro o que fica destruído na vida de um inocente colocado no corredor da morte.
Sinopse: Depois de quase quatro décadas de vida em comum, Victor sabe que o casamento com Marianne está à beira da ruptura. Um dia, conhece Antoine, um empresário bem-sucedido que criou um novo tipo de entretenimento. A experiência que proporcionam aos seus clientes é uma mistura de teatro e recriação histórica, que oferece a cada participante a possibilidade de "viajar" para qualquer momento do passado. Victor, que aceita o desafio, não tem dúvidas sobre o momento que quer reviver: a época em que, ainda jovem, conheceu Marianne, o grande amor da sua vida.
Apresentada no Festival de Cinema Cannes (fora de competição), uma história romântica escrita e filmada por Nicolas Bedos ("Sr. e Sra. Adelman"), com a participação de Daniel Auteuil, Guillaume Canet, Fanny Ardant e Doria Tillier (mulher do realizador na vida real)
E eu:
⭐⭐⭐
Comédia francesa com um leve cheirinho a woody Allen. Mais ou menos previsível. Não gostei nada da ideia da aplicação para fazer psicoterapia/psicanálise on-line - e sem terapeuta!!! Mas mostra claramente que uma pessoa precisa de um espelho exterior onde se possa rever como útil, activo, capaz. E quão patológicas se podem tornar as relações. Será possível reinventar uma relação?
Sinopse: Nesta divertida e inspiradora história, baseada numa mentira de verdade, Billi (Awkwafina), nascida na China e criada nos EUA, regressa relutantemente a Changchun para descobrir que, embora toda a família saiba que a sua adorada avó Nai Nai tem poucas semanas de vida, decidiram em conjunto não contar nada à própria Nai Nai. Para garantir a felicidade dela, reúnem-se sob a alegre fachada de um casamento acelerado, unindo membros da família espalhados pelo estrangeiro. Ao navegar pelo campo minado das expectativas e convenções da família, Billi descobre que há muito para celebrar: uma oportunidade para redescobrir o país que deixou em criança, o maravilhoso espírito da avó e os laços que se mantêm, mesmo quando muito fica por dizer. E eu: ⭐⭐/⭐⭐⭐ Mais um filme dos orientes que me chamou a atenção. Produzido na China (com algumas cenas gravadas em NYC) traz-nos uma história baseada em factos reais. Senti-o demasiado simples. Uma história linear, sem surpresas, nem grandes emoções. Aponta algumas diferenças culturais, visita o tema da dificuldade de adaptação real/total dos asiáticos ao Ocidente. As "lições de vida" não são nem brilhantes, nem inovadoras. Fraquito, mas não mau!
Sinopse: Juliette Binoche é Claire, uma professora divorciada na casa dos 50 que cria um perfil de Facebook falso e se faz passar por uma mulher de 24 anos, com recurso a uma fotografia que encontrou na internet. Claire monta este esquema para poder observar o que o seu amante ocasional faz online, mas este só aceita pedidos de amizade de quem conhece na vida real, o que a obriga a montar um elaborado esquema que envolve desenvolver uma relação virtual com o melhor amigo dele, criando uma enorme teia de mentiras. Um filme de Safy Nebbou, que adaptou um romance de Camille Laurens. E eu: ⭐⭐⭐⭐Uma reflexão sobre as relações. Não só as virtuais. Sobre o que se escolhe mostrar ao outro. Que parcela da verdade sobre nós mesmos entregamos. E qual é a "verdade" sentida como mais importante. A protagonista perde-se neste jogo. Estando completamente entregue, emocionalmente à mercê de um desconhecido, esconde-lhe factos essenciais de si mesma, traveste-se para afogar as suas dores, entrando numa espiral sem retorno, nem emenda. Gostei da fotografia. Uma imagem em particular - Duas aliás!A fuga de plano no Centro Georges Pompidou E as filmagens feitas no campo, junto à falésia. (Nota: boa tradução do papel da terapeuta!)
